Em parceria com a empresa florestal Sumitomo Forestry, a Universidade de Kyoto apresentou um projeto para desenvolver os primeiros satélites de madeira do mundo, que serão lançados até 2023 e utilizados para eliminar lixo espacial. A informação é da BBC, que conversou com a empresa para entender o que seus profissionais esperam do projeto.

A iniciativa parte de uma preocupação não muito nova: os resíduos deixados por estações espaciais e satélites na órbita terrestre. Desde o início da corrida espacial, nos anos 60, nunca houve como há hoje uma preocupação com a poluição da órbita do planeta. Takao Doi, professor da Universidade de Kyoto e astronauta, afirma que eventualmente essa poluição afetará o meio ambiente da Terra.

A vantagem dos satélites de madeira é o fato de que eles queimariam sem deixar vestígios ou detritos na atmosfera ou no solo ao retornar à Terra.

Satélites são cada vez mais presentes na órbita terrestre em virtude das necessidades de empresas de comunicação, navegação, previsão do tempo, etc. O desenvolvimento de satélites de madeira, portanto, poderia, mesmo que tornando o processo mais caro, tornar o ciclo de lançamento e descarte de satélites mais limpo.