Anunciado em 2019 como próximo grande passo do Facebook, a moeda digital de Mark Zuckerberg já passou por suficientes poucas e boas para não apenas mudar de nome – de Libra para Diem – como também reduzir suas expectativas sobre o tipo de transformação que busca implementar no mercado. A Diem Association anunciou nesta quinta (13) a retirada do pedido de licença para pagamentos da FINMA, órgão supervisor máximo localizado na Suíça, uma medida que na prática bota fim aos planos iniciais da companhia em ser uma moeda global e dona de uma rede com ligações a diferentes economias nacionais.

A decisão também representa um segundo passo para trás da associação, que já no “rebranding” havia confirmado que o plano havia deixado de ser a criação de uma nova moeda para focar no estabelecimento de um novo sistema de pagamentos em blockchain. Sem a FINMA, a Diem escreve no blog oficial que firmou parceria com a californiana Silvergate Bank para controle de sua operação, centrando todo o seu negócio nos EUA e numa cotação única com o dólar estadunidense.

Nem tudo é frustração nos planos econômicos de Zuckerberg, porém. Com a redução da escala da moeda para um âmbito nacional e a oficialização da parceria com a Silvergate, a CNBC reporta que um programa piloto da Diem deve começar ainda este ano nos EUA, com foco num pequeno grupo de usuários e nas transações individuais possibilitadas pelo serviço.