Embora não seja um conceito novo, a expressão “Quiet Quitting” viralizou nos grandes veículos de comunicação, locais de trabalho e estudos de universidades internacionais, já que envolve a dinâmica das lideranças e dos talentos de empresas de todos os portes.

Diferente de se referir a alguém prestes a se demitir de sua posição, o termo traduzido para o português “Desistência Silenciosa”, descreve a rejeição de alguns profissionais à cultura da agitação de passar dos limites estabelecidos por um cargo.

Essa ideia surgiu de um grupo de trabalhadores da Geração Z que não estão comprando o estilo de vida de trabalho 12 horas por dia, 6 dias por semana, sempre ativo, acima e além do que seus próprios pais aceitariam.

Em vez disso, os mesmos jovens propagam que farão o mínimo exigido deles, e não se esforçarão para subir na escada corporativa.

Mas o que está causando essa rebelião da indiferença? E como manter os interesses da equipe voltados para as atividades do negócio?

Essas e outras respostas sobre Quiet Quitting você encontra a seguir.

Boa leitura!

Quiet Quitting: razões para seu crescimento

Com certeza você já ouviu falar do movimento Quiet Quitting, um dos temas mais presentes entre jovens trabalhadores que sonham por melhores oportunidades de carreira.

Apesar do nome confuso, sua noção é bem simples: fazer o que a descrição do seu trabalho diz e nada mais, ou seja, apenas o necessário e sem ir além de suas funções básicas, porque não se sentem motivados para a dedicação plena.

As razões da popularidade dessa nova tendência do mercado pode ser atribuída a 5 fatores principais. São eles:

– Transição para o trabalho remoto e difícil separação entre o ambiente de trabalho e o de casa;

– Demanda em se recuperar do esgotamento generalizado desde o início da pandemia;

– Inflação e o rápido aumento do custo de vida em todo o mundo;

– Menor salários, benefícios e segurança do que as gerações anteriores;

– A Geração Z ao mesmo tempo que é vulnerável à depressão, ansiedade e decepção, é igualmente eficaz na criação de tendências.

Além disso, só o fato do profissional não conseguir uma promoção ou reconhecimento por sua conquista gera indisposição para avançar sua produtividade e contribuir com a empresa, causando um sinal de Quiet Quitting.

Quiet Quitting: como evitar esse cenário?

Com essa onda de Quiet Quitting repercutindo, precisamos ficar atentos para a importância da gestão e liderança, e sobretudo, de cada colaborador dentro de uma empresa.

Caso contrário, todos perdem: a organização, que não atinge os seus objetivos e resultados esperados, os líderes que não conseguem gerir diante da escassez de habilidades, e os colaboradores que desistem, com sua saúde mental afetada.

As 5 dicas abaixo ressaltam adaptações nos estilos de liderança para se concentrar mais na criação de locais de trabalho saudáveis, onde as pessoas optam por se engajar.

Confira!

– Flexibilidade: ofereça compartilhamento de trabalho, horários flexíveis, trabalho híbrido, ou até mesmo um emprego de meio período, para reduzir os níveis de estresse e sobrecargas.

– Expectativas realistas: oriente seus funcionários pelos padrões aceitáveis que você está buscando, para que não bloqueiem em direção às metas cabíveis e realistas.

– Validação: aprecie o valor inerente de um colaborador não somente agradecendo por suas realizações, mas ajudando-o a enxergar seu valor como colega de trabalho e ser humano.

– Escuta ativa: pratique melhores maneiras de ouvir sua equipe, como o desenvolvimento de uma plataforma para as pessoas se manifestarem e resolverem os assuntos que lhes interessam juntas.

– Respeito: determine limites entre trabalho e vida pessoal. Respeitar os horários combinados e incentivar que sua equipe faça o mesmo é fundamental.

Assim, ao construir um relacionamento de confiança com todo o time, a possibilidade da reação massiva ao Quiet Quitting diminui significativamente.

Lembre-se: antes de colocar a culpa da desistência silenciosa em “trabalhadores desmotivados”, é urgente admitir que todos os profissionais querem dar sua criatividade e entusiasmo às organizações e líderes que merecem por isso!

 

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